Cinema de bolso
O pequeno e poderoso microprojetor Dell M109S dá show onde quer que vá.
Geek
Por Emerson Rezende
Difícil não se lembrar dos cinemas itinerantes do interior do Brasil quando se tem à mão o microprojetor M109S, da Dell Computer. Porém, há uma tremenda diferença entre aqueles desbravadores culturais de outrora, que costumavam viajar em utilitários e caminhões, e os privilegiados donos de um aparelho como este: basta uma mochila ou um bolso bem espaçoso para carregá-lo por aí.
O tamanho do equipamento impressiona: mede 92,5×104x37mm e pesa míseros 360g (sua fonte de alimentação, por exemplo, tem quase o mesmo tamanho). Por meio de um cabo adaptador, é possível ligá-lo à saída de vídeo tanto de desktops como de notebooks ou mesmo de reprodutores de DVD convencionais, já que também aceita conectores no padrão RCA.
Contudo, nesse caso, é necessário um aparelho de som que possua a respectiva conexão de entrada, mais um cabo extensor, para que se possa ouvir o áudio a partir do DVD player. E como o projetor não requer qualquer software ou driver especial, é compatível com qualquer sistema operacional.
A operação do M109S é muito simples. Ao retirá-lo da caixa, basta conectá-lo à saída VGA de um notebook para que logo seja reconhecido e entre em ação. Na primeira vez que o ligamos, ele estava há pouco mais de 1,5m de uma parede branca, o que gerou uma “tela” de mais de 30 polegadas.
Nesse momento, o Windows Vista alertou que um novo monitor havia sido detectado e perguntava se queríamos que ele “espelhasse” o monitor principal – ou seja, exibisse a mesma coisa que estava sendo exibida na tela LCD do note –, ou se queríamos que ele funcionasse como uma extensão da tela principal.
Para efeito de comparação de qualidade de imagem, optamos por espelhar os monitores, mesmo achando ser bem mais interessante contar com uma tela secundária exibindo determinado conteúdo enquanto podemos fazer outra coisa na tela principal.
Ao exibir um filme (como um documentário da National Geographic em alta definição, por exemplo), notamos que a imagem do projetor era mais “fria” do que a da tela do computador, um tanto mais esverdeada que o normal. Mas bastou acessar o menu de ajustes de brilho, cor e contraste, por meio do painel de botões sensíveis ao toque que fica no topo do M109S, para deixar a imagem o mais próximo possível do que víamos no notebook. É tudo muito simples e objetivo, da mesma forma que ajustamos a imagem de uma TV ou monitor de PC convencional.
Vale destacar o recurso de ajuste automático de keystone (aquela deformação que ocorre na tela quando o projetor não está a exatamente 90 graus da superfície em que a imagem será projetada), que forma um quadro trapezoidal, mais largo embaixo. Como o M109S possui sensores de posicionamento (acelerômetros), ele mesmo faz a compensação, caso não esteja nivelado.
Um detalhe interessante: mesmo a especificação técnica do equipamento limitando a distância máxima em 2,4m entre o projetor e a tela ou parede, o que geraria uma imagem de 60 polegadas, foi possível assistir a um filme com o aparelho a mais de 5m, o que resulta em uma tela de cerca de 6m de largura! Apesar de a luminosidade ter sido um pouco reduzida por conta dessa distância, com as luzes apagadas, foi possível ver tudo sem grandes problemas. Ou seja, mesmo quando usado fora das especificações, o M109S mandou muito bem!
É claro que os mais exigentes vão sentir falta de melhor fidelidade de cores, taxa de contraste maior ou mesmo resolução mais apurada, considerando que o equipamento oferece nativamente apenas 858×600 pixels e contraste de 800:1. Mas é bom que não se perca de vista o seguinte: ter um projetor que cabe no bolso e exibe, com qualidade bem satisfatória e imagem de 60 polegadas, já vale a viagem!
O Dell M109S pode ser encontrado a partir de R$ 1.900.
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